terça-feira, novembro 04, 2008

Futebol pelos rincões do Brasil

Alguns grandes nomes do jornalismo esportivo já andaram passeando pelo "interiorzão" para escrever sobre o verdadeiro futebol brasileiro. É a Linha do Equador que divide o estádio Marco Zero em Macapá-AM, é o Peladão do estado do Amazonas com o seu tradicional concurso de misses, são as tribos indígenas que disputam verdadeiras guerras por um pedaço de terra no campo dos adversários; são crianças promissoras que fazem com que as famílias deixem de lado tudo o que é necessário para que o garoto possa ser um craque e dessa forma ajudar todos os parentes; são as traves feitas de todas as formas e materiais; é o campo que fica no meio de uma pirambeira e que a cada chute torto é preciso parar o relógio para o Zezinho ir lá embaixo apanhar a bola; são os campos que ficam nas beiras das estradas onde sempre tem um caminhoneiro que prefere correr e não dormir à noite para poder assistir um falta que está demorando para ser batida no jogo do time laranja contra os grenás; são histórias e estórias que sempre divertem os leitores. E eu, como amante dessas peças literárias do cotidiano ludopédico, não poderia ficar atrás do Mário Magalhães, do Alex Bellos e do José Roberto Torero. Pelas cidades preciosas e semi-preciosas de Minas, encontrei um estádio com o nome de Pedro Jacques Lopes Maciel, pessoa mais conhecida como "Didi, o amante do futebol". Didi, não o da folha seca, mas o cidadão mineiro de Turmalina, no Vale do Jequitinhonha. Foi vice-prefeito da cidade no início da década de 1970. O campo acanhado estava com a porta aberta, um sonho para qualquer pessoa que adora uma pelada. A cidade nem percebia a sua existência, mas jogos acontecem ali, pelo 9º Campeonato Municipal de Futebol de Bairros. No placar, bem, no placar o resultado de uma das vitórias do campeão do torneio. Já o outro time . . .



Nenhum comentário: